quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Drogas x Saúde - Prevenção

A adolescência é o período próprio do desenvolvimento físico e psicológico, que se inicia aproximadamente aos catorze anos para os rapazes e aos doze anos para as moças, prolongando-se, até aos vinte e dezoito anos.



     Algumas pessoas passam por grandes dificuldades nessa fase, não possuindo a maturidade do discernimento, e fascinado pelas oportunidades encantadoras que lhe surgem de um para outro momento, atira-se com sofreguidão aos prazeres novos sem dar-se conta dos comprometimentos que passa a firmar, entregando-se às sensações que lhe tomam todo o corpo.


Outras vezes, vitimado por conflitos naturais que surgem da incerteza de como comportar-se, refugia-se no medo de assumir responsabilidades decorrentes das atitudes e faz quadros psicopatológicos, como depressão, melancolia, irritabilidade, escamoteando o medo que o assalta e o intimida.

 Muitas pessoas consideram a adolescência a melhor época da vida. Onde as preocupações são em qual balada ir, aonde iremos ao final de semana e com que amigos, o que os outros pensam de nos (atitudes, estilos e bens materiais e nosso físico), e a menor de todas: as responsabilidades com a escola.

O uso de drogas na adolescência segue pela pressão do             adolescente estar sempre inserido em grupos de amizades, que entre curiosidades e experimentações, fazem o uso precoce e indevido de drogas neste período, em que o adolescente se identifica com os amigos e desafia a família, para conquistar maior liberdade. Inicialmente o sujeito inicia com o cigarro acompanhado de bebidas alcoólicas.


A dependência física consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência".  A dependência física é o resultado da adaptação do organismo, independente da vontade do indivíduo.  A dependência física e a tolerância podem manifestar-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens".

Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.
Em estado de dependência psicológica, o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga.

     Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo). Esse fenômeno não deverá ser atribuído apenas às drogas que causam dependência psicológica. O estado de angústia, por falta ou privação da droga é comum em quase todos os dependentes e viciados.

As drogas depressoras do sistema nervoso central são drogas que diminuem a atividade do cérebro. Os Estimulantes da Atividade do Sistema Nervoso Central referem-se ao grupo de substâncias que aumentam a atividade do cérebro. As drogas perturbadoras, alucinógenas ou psicodislépticas são aquelas relacionadas à produção de quadros de alucinação ou ilusão, geralmente de natureza visual.


  O uso de drogas que alteram o estado mental, chamadas de substâncias psicoativas (SPA), acontece há milhares de anos e muito provavelmente vai acompanhar toda a história da humanidade. Quer seja por razões culturais ou religiosas, por recreação ou como forma de enfrentamento de problemas, para transgredir ou transcender, como meio de socialização ou para se isolar o homem sempre se relacionou com as drogas.
Muitas coisas têm sido feitas para a prevenção do uso de drogas, mas também muita coisa feita para aumentar esse consumo. E as pessoas estão consumindo cada vez mais as drogas.


É muito difícil fazer uma pessoa, principalmente um jovem a não querer seguir esse caminho sem volta, muitas vezes eles também não querem, vão por curiosidade do proibido, ou então por falta de conhecimento, até mesmo por falta de apoio.
Quando uma pessoa busca a droga, em primeiro instante, ela procura prazer. É muito difícil lutar contra ele, o ser humano sempre foi muito motivado por ele. A droga nos engana, fazendo sempre querer mais.


Todo usuário, sua família e pessoas a sua volta, tem arcado com as consequências desse prazer.  


sábado, 8 de novembro de 2014

Drogas x Saúde Outras Drogas


Droga é qualquer substância e/ou ingrediente utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias, etc.; um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga. Contudo, o termo é comumente empregado a produtos alucinógenos ou qualquer outra substância tóxica que leva à dependência como o cigarro e o álcool, que por sua vez têm sido sinônimo de entorpecente.
As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro, alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas.

O que leva uma pessoa a usar drogas?
Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou aguentar situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, busca por sensações de prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de acesso e obtenção e etc.

Cocaína



É um pó branco é cocaína. O consumo dessa droga é feito por inalação ou o pó é dissolvido em água e injetado direto na veia.
O uso de cocaína provoca sérios problemas de saúde e também problemas sociais.
O compartilhamento de seringas para injetar cocaína é muito comum, existem diversos casos de contaminação de AIDS e hepatite em usuários dessa droga
O uso de drogas provoca problemas graves de saúde, no caso da cocaína ela afeta a memória e os músculos esqueléticos, por exemplo. Além de afasta o usuário da família e dos amigos.


Ecstasy


O ecstasy também é conhecido como droga do amor.
O esctasy é uma droga ilícita, por isso sua venda e consumo são ilegais.


O uso do ecstasy pode causar lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxicidade, o quadro evolui para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante de fígado.

No coração, a aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial podem levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos, causando sangramentos.

O uso de ecstasy ligado à intensa atividade física (dançar por várias horas) pode causar aumento da temperatura corporal e consequente hemorragia interna, o que pode levar à morte. O aumento da temperatura corporal tem alguns sintomas como desorientação, parar de transpirar, vertigens, dores de cabeça, fadiga, câimbras e desmaio.

LSD


O LSD pode ser consumido por via oral, injeção ou inalação

O LSD produz grandes alterações no cérebro, pois atua diretamente sobre o sistema nervoso, provocando fenômenos psíquicos.

Os efeitos físicos dessa droga são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, aumento da temperatura, náuseas, vômitos. Os sintomas psíquicos são alucinações auditivas e visuais, sensibilidade sensorial, confusão, pensamento desordenado, perda do controle emocional, euforia alternada com angústia, dificuldade de concentração.

O LSD é mais usado por adolescentes e jovens, que querem experimentar visões e sensações novas e coloridas, pois as formas, cheiros, cores e situações se modificam, levando a pessoa a criar ilusões e delírios, como por exemplo, paredes que escorregam, mania de grandeza e perseguição. Pode ocorrer também um “flashback”.

Maconha


A maconha é uma planta herbácea originária da Índia que pertence à família Moraceae.

A planta da maconha contém mais de 400 substâncias químicas. O tetra-hidrocarbinol (THC) é a substância mais associada aos efeitos que a maconha produz no cérebro.

Segundo a Agência Americana de Combate às Drogas, o consumo prolongado de maconha pode causar danos aos pulmões e ao sistema reprodutivo.

Efeitos em curto e longo prazo

Depois de consumir a cannabis, a pessoa pode apresentar alguns efeitos físicos, como memória prejudicada, confusão entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, mas com pouco equilíbrio e força muscular, perda da coordenação, aumento dos batimentos cardíacos, percepção distorcida, ansiedade, olhos avermelhados por causa da dilatação dos vasos sanguíneos oculares, boca seca e dificuldade com pensamentos e solução de problemas.


Drogas x Saude Cigarro

   

Qual a ação do fumo no organismo ?




Os atos físicos da ação do fumar tem um efeito farmacológico a tal ponto que muitas pessoas se sentem confortáveis em situações de tensão quando executam ações tais como acender o fósforo, manusear o cigarro etc. Apesar das pessoas terem consciência de que o fumo faz mal à saúde, ele é tolerado pela sociedade uma vez que não provoca alterações mentais no fumante.


Sete segundos após a tragada, a nicotina, através da circulação sanguínea, chega ao cérebro, entrando em contado com as células nervosas, que irão atuar permitindo o seu reconhecimento. A partir daí, outras substâncias são liberadas transferindo o impulso nervoso de uma célula a outra. E delas para o sistema que controla a atividade de glândulas de secreção interna.


A nicotina em altas concentrações favorece a atuação do sistema parassimpático, bloqueando o simpático, dando a sensação ao fumante de bem-estar. Seu uso contínuo fará com que o indivíduo habitue-se a esse bem-estar, entrando em desconforto quando as cargas regulares de nicotina são suspensas. A pessoa pode então ficar irritada, ansiosa, com insônia e pode até vomitar. Em casos mais graves a reação se caracteriza como crise de abstinência. O fumante deseja manter a concentração habitual de nicotina no sangue, capaz de garantir sensações consideradas por ele como agradáveis, mas essa é uma situação transitória, pois a nicotina se decompõe no organismo, em média, entre 20 e 30 minutos, quando o fumante sente a vontade de acender outro cigarro.


A nicotina pode estimular os neurônios pós-ganglionares, do mesmo modo que a acetilcolina, pois as membranas neuronais possuem receptores colinérgicos-nicotínicos, mas ela não estimula diretamente os órgãos efetuadores autonômicos.


A nicotina, quando em níveis baixos no organismo, estimula o SNA simpático, causando sensação de força e euforia no indivíduo. Já em níveis altos, a nicotina bloqueia mais o SNA simpático do que o Parassimpático, o que vai resultar em sensação agradável.


Assim, quando o indivíduo começa com o hábito de fumar, ele é submetido a situações de estresse que irão estimular a ação do simpático, causando sensações desagradáveis.


Ele irá então ter uma tendência de fumar mais, já que a nicotina inibirá a ação do simpático proporcionando sensações agradáveis.


Inicialmente, o indivíduo utiliza o cigarro como um excitante artificial. Porém, chega em um ponto, com altas doses de nicotina num indivíduo estressado, que o cigarro terá um papel de calmante artificial.


Os malefícios do cigarro


Um fumante em média vive dez anos a menos que um não-fumante pois o cigarro causa danos imediatos, prejudica a saúde e quanto mais cedo começar a fumar, por exemplo, na adolescência com o cérebro ainda imaturo, a probabilidade de ocorrerem atrasos no desenvolvimento é enorme, ou seja, quanto mais cedo o tabagismo for abandonado, maior o ganho de saúde.


Alguns dos danos são: redução do fluxo de sangue, do colesterol bom (HDL), da liberação de oxigênio para os tecido. Aumento da acidez do estômago e da produção de radicais livres que lesam as células. Aceleração da arteriosclerose. Irritação e inflamação de olhos, garganta e vias aéreas.


Além de que, aumenta a pressão arterial; a frequência cardíaca; o risco de doenças das coronárias, como angina do peito e infarto do miocárdio; em três vezes o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos; em dez vezes o risco de tromboembólica venosa e infarto em mulheres que tomam anticoncepcionais; o risco de má circulação nas pernas; o risco de impotência sexual.


Um fumante tende a ter câncer pois o cigarro contém mais de 40 substâncias cancerígenas que aumentam o risco de câncer:


· de boca, faringe, laringe e traqueia;


· de pulmões – risco dez a vinte vezes maior do que o do não-fumante;


· de esôfago, estômago, rins, bexiga e colo de útero, entre outros.


Tende a ter também problemas respiratórios e problemas na pele.


Nas mulheres, aumenta o risco de osteoporose, especialmente após a menopausa. Aumenta o risco de infertilidade, aumenta em 39% as chances de desenvolver doenças coronarianas e 22% o risco de acidentes vasculares cerebrais quando associado ao uso de contraceptivos orais.


E nas gestantes, aumenta em cerca de duas vezes a chance de abortar, de ter filho prematuro ou com baixo peso e de perder o bebê no período neonatal.



O desempenho da indústria do cigarro e da mídia



O governo enviou para a Câmara dos Deputados um projeto de lei para proibir a propaganda de cigarro que diz o seguinte:


1) A única propaganda permitida será a de cartazes exibidos em ambientes internos; bares e boates, por exemplo. Todas as demais ficam proibidas, inclusive patrocínio de eventos culturais e esportivos;


2) O dono de estabelecimento flagrado ao vender cigarro para menor de 18 anos será condenado à pena de prestação de serviços à comunidade por um período de seis meses a três anos;


3) Multa de R$ 50 mil a R$ 100 mil para os fabricantes, extensiva às agências de publicidade e empresas de rádio e de televisão que infringirem a lei;


4) As emissoras de rádio e de televisão que insistirem em veicular propaganda de cigarro terão sua programação suspensa por até 30 dias.



Quem pode ser contra uma lei como essa? Não torna o cigarro ilegal, não aumenta os impostos, não obriga a indústria a arcar com os gastos de saúde das vítimas do fumo (como estão fazendo os americanos), não pune as agências por propaganda enganosa, apenas proíbe a publicidade. A lei só impede que as imagens de homens de sucesso, garotas livres e esportes radicais (como era antigamente) sirvam para criar nas crianças a vontade de fumar e, ingenuamente, cair nas garras da dependência química mais escravizante de todas as que existem.


Apesar da brandura da lei, o lobby comandado pela indústria do tabaco e alguns setores da publicidade sempre reagiram ferozmente contra qualquer iniciativa desse tipo.


Dessa forma, conseguiram até hoje manter no ar anúncios há muito banidos de outros países e à custa deles arrebatar legiões de novos dependentes entre a população mais indefesa: 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 21 anos.


Diversas pesquisas mostram que, nos últimos quinze anos, a idade em que meninas e meninos começam a fumar está cada vez mais baixa. Atenta ao mercado, a indústria do fumo dirige a publicidade para a infância e a puberdade.


O argumento empregado pela indústria para justificar a oposição às leis que pretendem proibir a publicidade do cigarro tem sido tradicionalmente o de que muitos trabalhadores vivem da lavoura, do preparo industrial e da comercialização do fumo, e que uma queda de consumo provocaria desemprego.


Os fabricantes de cigarro ganharam fortunas impunemente até hoje. Mesmo que a publicidade seja proibida imediatamente, o efeito da proibição levará anos para se fazer sentir, porque ainda restarão dezenas de milhões de fumantes escravizados comprando um maço por dia pelo resto de suas existências.


Além disso, as companhias terão tempo suficiente para investir em outros ramos de atividade os milhões de dólares que antes destinavam à propaganda, e assim absorver a mão-de-obra que porventura venha a ficar sem trabalho.


Não é sensato deixarmos que os beneficiários desse comércio tão lucrativo convençam as crianças a se tornarem dependentes, para depois tentarmos fazê-las entender que precisam largar de fumar porque o cigarro faz mal. Em sã consciência, ninguém empregaria essa estratégia com os próprios filhos no caso do crack ou da heroína.


Proibir a propaganda do fumo está acima de partidos políticos, de interesses de grupos ou de ideologias. A Câmara, o Senado e a sociedade têm uma grande responsabilidade.



É fundamental que a imprensa divulgue os nomes dos políticos e dos lobistas empenhados em rejeitar o projeto que proíbe a propaganda de cigarro. Estamos diante de uma oportunidade sem precedentes para atacar com seriedade o problema do fumo no Brasil.


Tratamento da dependência da nicotina


Tipos de tratamento

Independente do tipo de tratamento, seu objetivo é fazer o individuo mudar, no sentido de parar de fumar. Por isso podemos dizer que existem métodos diretos e indiretos de parar de fumar.


Métodos indiretos
São aqueles que influenciam o fumante a abandonar o cigarro sem que haja um contato direto com ele. Se trata do tratamento clínico, individual, para a saúde pública. Temos como exemplo a realização de campanhas educacionais anti-fumo; elaboração de normas sociais como a proibição do fumo em restaurantes, teatros e cinemas; e a aplicação de altos impostos sobre o cigarro. Esse tratamento tem referencia a comunidade, pois há um custo menor.


Métodos diretos
Apesar de mais custosos, têm também grande impacto em saúde pública, proporcionando redução na prevalência de fumantes. A maioria dos fumantes prefere não procurar programas de suspensão do tabagismo e parar de fumar sozinho. Por isso, esses programas são usados alem de suas possibilidades, por poucos daqueles indivíduos que não conseguiram parar por si mesmos.


Alguns métodos para derrubar o vicio

Medicamentos, Cigarro eletrônico, Chicletes de nicotina, Pastilhas de nicotina, Adesivos de nicotina, Spray nasal de nicotina, Bupropiona, Parada abrupta e Parada gradual.




Algumas instituições anti-fumo:


· UMA-SUS (universidade aberta do sus);


· AA( alcoólicos anônimos);


· NA (Narcóticos Anônimos);


· Nar-Anon (Grupo para familiares de Dependentes Químicos).


Retrospectiva do cerco contra o fumo.


O cigarro é a droga mais popular do século XX.. No auge da sociedade, era símbolo de riqueza, poder e beleza. Associando o cigarro à moda, à alta-costura parisiense, à própria psicanálise – "sublimação do erotismo oral" e ajudou a inseri-lo nas telas do cinema, onde ficava magistral entre os dedos de Humphrey Bogart ou os lábios de Rita Hayworth.No cinema, servia para sublinhar qualquer emoção: autoconfiança, ansiedade, expectativa, surpresa. Na vida real, era um fenômeno cultural que rompia a barreira entre os sexos. Representava, a um só tempo, símbolo de masculinidade em homens e de sensualidade nas mulheres.Incrivelmente, valia para tudo e para todos. No ocaso, virou câncer, dor e morte.


Ainda em 1928, cientistas alemães divulgaram a hipótese de que o câncer de pulmão em mulheres não fumantes poderia ser causado pelo cigarro dos maridos, intuição genial numa época em que pouco se sabia sobre os males causados pelo cigarro nos próprios fumantes. O epidemiologista japonês Takeshi Hirayama, depois de acompanhar 250 000 adultos por anos a fio, identificou que o risco de mulheres de fumantes terem câncer de pulmão aumentava de 40% (quando o marido fumava até catorze cigarros por dia) a 90% (um maço ou mais).


Nos Estados Unidos, o governo divulgou as primeiras suspeitas de que o fumante passivo podia ser prejudicado. Mais tarde, na divulgação de um relatório em 1986, o governo americano trocou a suspeita pela certeza. O documento afirma que a exposição à fumaça do cigarro causa "doença e morte prematura em crianças e adultos que não fumam", diz que, apesar da crescente proibição do cigarro em lugares públicos, cerca de 60% dos americanos não fumantes ainda apresentam "evidências biológicas" de exposição à fumaça e alinha as seguintes conclusões: As crianças expostas ao cigarro correm mais risco de morrer repentinamente, ter infecções respiratórias, problemas no ouvido, asma mais severa e crescimento lento dos pulmões. Já os adultos expostos ao cigarro podem sofrer efeitos adversos imediatos no sistema cardiovascular e têm mais probabilidade de desenvolver doença cardíaca e câncer de pulmão.


No Brasil, estima-se que pouco mais de 16% da população seja fumante. É um dos mais baixos índices do mundo, o que faz do país um lugar próprio para popularizar as leis contra o fumo. Desde 1996, uma lei federal proíbe o cigarro em recintos públicos fechados, mas autoriza a criação de áreas reservadas a


fumantes e não fumantes em restaurantes. Antes da comprovação do mal que era provocado ao fumante passivo, o cigarro, mesmo causando danos à saúde do fumante, era considerado uma opção individual. Com a certeza de que faz mal aos não fumantes, passou a ser uma agressão inadmissível a vítimas inocentes e involuntárias.


Histórico de regulamentação no Brasil

1988 – obrigatoriedade da frase: “O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde” nas embalagens dos produtos derivados do tabaco


1990 - obrigatoriedade de frases de alerta em propagandas de rádio e televisão


1996 – Comerciais de produtos derivados do tabaco só podem ser veiculados entre as 21h e as 6h. Fumar em locais fechados passa a ser proibido (exceto em fumódromos)


2000- É proibida a propaganda de produtos derivados de tabaco em revistas, jornais, outdoors, televisão e rádios. Patrocínio de eventos culturais e esportivos e associar o fumo às praticas esportivas também passam a ser proibidos


2001 - Anvisa determina teores máximos para alcatrão, nicotina e monóxido de carbono. Imagens de advertência passam a ser obrigatórias em material de propaganda e embalagens de produtos fumígenos


2002 – É proibida a produção, comercialização, distribuição e propaganda de alimentos na forma de produtos derivados do tabaco


2003 – Passa a ser obrigatória o uso das frases: “Venda proibida a menores de 18 anos” e “Este produto contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, e nicotina, que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo destas substâncias”


2005 - É promulgada Convenção Quadro de Controle do Tabaco. Primeiro tratado mundial de saúde pública, do qual o Brasil é signatário


2008 - Novas imagens de advertência, mais agressivas, passam a ser introduzidas nos rótulos de produtos derivados do tabaco


2010 - Anvisa publica duas consultas públicas sobre produtos derivados do tabaco: uma prevê o fim do uso de aditivos e a outra regulamenta a propaganda desses produtos, bem como, exposição nos pontos de venda e prevê nova frase de advertências nas embalagens


2011 – Lei Federal proíbe fumar em locais fechados e Anvisa proíbe o uso de aditivos em produtos derivados do tabaco


2012 - Anvisa publica resolução que restringe aditivos em cigarros.

Fumante Passivo

Estudos recentes confirmaram a existência de riscos para a saúde associados ao tabagismo passivo. O tabagismo passivo pode causar as mesmas doenças provocadas pelo tabagismo ativo.
A cotinina é uma substância que indica a intensidade de exposição ao tabagismo. Foi demonstrado que as pessoas expostas ao tabagismo passivo têm níveis elevados de cotinina no sangue. Nas crianças, os níveis de cotinina no sangue são maiores quando os pais fumam. Quando a exposição é intensa e/ou prolongada os níveis de cotinina podem ser muito elevados, a ponto de aumentar o risco de câncer de pulmão.
Os não fumantes costumam sentir-se incomodados quando expostos ao tabagismo passivo. Estas pessoas podem apresentar irritação nos olhos, dor de cabeça, dor na garganta, enjoo e dificuldade respiratória. Mesmo a exposição de curta duração pode ser prejudicial.
O tabagismo passivo é especialmente perigoso na gravidez, podendo prejudicar o crescimento do feto e aumentar o risco de complicações durante a gravidez e o parto. As crianças expostas à fumaça do cigarro têm maior risco de morte súbita, bronquite, pneumonia, asma, exacerbações da asma e infecções de ouvido. Pode também prejudicar o seu crescimento.
O tabagismo passivo no ambiente de trabalho aumenta o risco de câncer de pulmão. Este risco aumenta com o número de anos e a intensidade da exposição. A presença de um fumante no ambiente doméstico aumenta o risco de câncer de pulmão para os não fumantes. Quando a exposição é interrompida, ocorre diminuição gradual ao longo do tempo.
A exposição prolongada ao tabagismo passivo piora a função pulmonar. O tabagismo passivo também está associado a outras doenças respiratórias, sendo um importante causador de agravamento para pessoas com asma, alergias e doença pulmonar obstrutiva crônica.
A convivência com um fumante aumenta o risco de doenças cardíacas coronarianas. Aumenta também o risco de aterosclerose e diminui o colesterol bom, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Existem indícios de relação entre o tabagismo passivo e o derrame cerebral. Mesmo exposições pequenas podem ter consequências sobre a coagulação do sangue, favorecendo a ocorrência de trombose. As pessoas com doenças cardíacas podem sofrer arritmias, diante da exposição à fumaça do cigarro. O risco de infarto do miocárdio também aumenta.

Estudos recentes indicam que a exposição ao tabagismo passivo aumenta o risco de perda da visão, por degeneração da retina. O ar contaminado pela fumaça de cigarro é a terceira principal causa de morte prematura evitável, perdendo apenas para o consumo voluntário de cigarro e o alcoolismo.



 


Drogas x Saude Anabolizantes e Anorexígenos

   Qual a ação dessas substâncias no organismo?


Anabolizantes

A principal ação é o aumento de água no interior das células musculares. O inchaço, associado à malhação, faz com que os músculos cresçam mais rápido. Mas essa é apenas uma das mudanças provocadas pelas "bombas". Mais corretamente chamadas de esteróides anabolizantes, elas são drogas artificiais, cujo ingrediente-chave é uma imitação da testosterona, o principal hormônio masculino.
Depois de entrar no organismo os esteróides invadem certas células - como as musculares e as do fígado - e provocam alterações bioquímicas. Nos músculos, além de reter líquidos, os anabolizantes aceleram a atividade metabólica Os efeitos colaterais são devastadores e podem levar à morte. Mas os anabolizantes também podem ter efeitos positivos. Sob controle médico, são indicados para quem sofre de doenças degenerativas, na reposição hormonal e até para astronautas após longas estadias no espaço.


No vídeo a seguir, dois profissionais expõem opiniões sobre a vetação de algumas marcas de anabolizantes.



Anorexígenos

           Anorexígenos ou moderadores de apetite são medicamentos à base de anfetamina, com a finalidade de induzir a falta de apetite, ou seja, são os tão solicitados remédios para emagrecer. Esses remédios podem causar efeitos colaterais como: humor instável, dor de cabeça, depressão nervosa, irritabilidade, dentre outros. Tais efeitos dependem do tempo de uso e do organismo de quem usa. a substância química envia uma mensagem para o cérebro “dizendo” que o organismo está saciado; o cérebro, por sua vez, envia uma mensagem de saciedade para o corpo. Na falta de uma alimentação adequada, o organismo passa a utilizar a energia (calorias) existente no corpo. Geralmente, os moderadores de apetite, dentre outras substâncias químicas, trazem, além da anfetamina, que é um estimulante, outro composto químico para reduzir a ansiedade (a fluoxetina, por exemplo). Além dos possíveis efeitos colaterais e da dependência, os anorexígenos produzem uma temporária perda de peso, pois logo que o organismo se acostuma com o remédio, começa a não responder aos impulsos do mesmo. Com isso, a fome se torna maior, o organismo passa a reter as calorias e acontece o chamado “efeito sanfona”. Muitas pessoas não só recuperam o peso, como adquirem mais gordura do que antes.





 Malefícios à Anabolizantes

     Possível aumento da pressão sanguínea (aumenta o número de glóbulos vermelhos), aumentam os níveis de LDL (o chamado “colesterol ruim”) e diminuem os níveis de HDL (o “colesterol bom”), podendo gerar problemas cardiovasculares e ou na artéria coronária.
          Pode causar câncer de próstata, calvície, acne, crescimento excessivo da gengiva
    Pode causar aumento ou diminuição do ventrículo esquerdo cardíaco, que causa  complicações no relaxamento do músculo, gerando problemas ainda maiores
     Vale lembrar também que alguns anabolizantes são ingeridos por injeções, logo, o compartilhamento de seringas aumenta o risco de pegar doenças como HIV e hepatite.
      Se mulheres grávidas ingerirem anabolizantes, pode haver comprometimentos ao feto, gerando, por exemplo, desenvolvimento de características masculinas em meninas e característica femininas em meninos

 Benefícios à Anabolizantes

·         Para pessoas com falta de testosterona no organismo, os anabolizantes são formados, em sua maior parte, deste hormônio. São necessários vários exames e um acompanhamento médico rígido, e, nestas condições e em dosagens não elevadas (tudo depende dos resultados dos exames médicos), alguns anabolizantes poderão auxiliar na regulação hormonal.
·         Crescimento acelerado dos músculos, pois o metabolismo celular aumenta. Porém, eles apenas incham (não se tornam mais fortes), pois o aumento das fibras não é resultante do esforço, mas do acúmulo de líquidos.
       Obs.: Observando melhor, os benefícios são malefícios camuflados, pois os anabolizantes dão a impressão de fazer a massa muscular aumentar, porém isto é gerado pelo acúmulo de líquidos. Os benefícios só aparecem quando a pessoa está com deficiência em hormônios, como a testosterona, e ingere quantidades adequadas de anabolizantes, que têm de ser receitados por médicos especializados (além de haver o acompanhamento rígido do paciente).


Malefícios à Anorexígenos

      Pode causar pressão alta
      Taquicardia
    Comprometimento dos nervos oculares (geralmente uma dilatação anormalmente grande da pupila)
      Disfunções de humor
·    Dores de cabeça
·    Depressão nervosa
·    Irritabilidade
·    Insônia
·   Confusão mental
·   Enjôos, vômitos, tonturas e calafrios
·   Agitação psicomotora
·   Aumento da ansiedade


Benefícios à anorexígenos
·         Os anorexígenos geram a diminuição do apetite, auxiliando no emagrecimento. Quando ingeridos em quantidades adequadas, acompanhadas por médicos, podem auxiliar no tratamento da obesidade, que é um grande problema que pode até gerar a morte.
·         Segundo a ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), O benefício do tratamento da obesidade com os inibidores de apetite é muito maior do que os riscos envolvidos: 87% dos pacientes não apresentam efeitos colaterais e 97% mostram perda de peso.





Por que usar? É uma imposição?
Como todas as drogas, os anorexígenos e os anabolizantes serviriam para fins medicinais, auxiliando pessoas obesas (anorexígenos) ou com falta de hormônios (anabolizantes), porém só fazem o bem quando há o acompanhamento médico especializado do seu uso. O problema é que uma boa parte dos usuários destas drogas as toma por conta própria, ingerindo quantidades desproporcionais, e muitas vezes nem precisam destes medicamentos. Neste caso, consideramos que o seu uso se torne uma imposição. A sociedade num todo tem o costume de julgar, dizer o que é certo ou errado, qual tipo de corpo é “aceitável” ou “não aceitável”, induzindo às pessoas a viverem suas vidas querendo alcançar padrões inatingíveis. Muitos não fazem pesquisas mais profundas e nem imaginam o quão perigosos estes medicamentos podem ser. Nós acreditamos que devemos nos preocupar com a nossa saúde em primeiro lugar: pois a perfeição é algo inatingível.

 Observar o desempenho da mídia. Qual a influência desta sobre o adolescente e quais as conseqüências sobre a vida adulta?

        Nos dias atuais, a sociedade move-se em torno da mídia, levando em conta sempre o que ela tem a dizer, seja algo benéfico ou maléfico. Não poderia ser diferente com a divulgação de estereótipos do corpo perfeito. Muitas pessoas tendem a seguir firmemente àquilo que a mídia diz ser perfeito, o problema é que muitos acabam arriscando suas vidas por causa beleza, ingerindo drogas perigosíssimas com o intuito de apenas atingir o “corpo perfeito” que sempre sonham.                                                                                                                                                               
      O problema começa, não só na adolescência, mas desde a fase infantil do ser humano.      Fica evidente que, para uma criança que cresceu em contato com a mídia, vendo todos os dias mulheres magríssimas e homens extremamente musculosos,quando se tornar um adolescente, irá procurar atingi-los fielmente. É neste ponto que entram os anabolizantes e anorexígenos: sem se preocupar com os danos, as pessoas fazem uso destas substâncias para atingir a perfeição corpórea, mas no fundo, têm problemas de auto-estima     .                      

           

A auto-imagem dos usuários dessas substâncias

      Não podemos culpar as pessoas que usam essas substâncias por questões medicas, ja que unco motivo para tal ação é a preocupação com a saúde. Mas, analisando as pessoas que usam anabolizantes e/ou anorexígenos por conta própria, vemos que muitos casos são influenciados por outros fatores, como a auto-estima, ou a pressão social que elas sofrem. A maioria das pessoas que sofrem de bulimia, anorexia, obesidade, ou até mesmo aquelas que não têm problemas, não conseguem se sentir bem com seu corpo, por isso recorrem ao  uso dessas substâncias. Assim, elas começam a se sentir bem, a achar seu corpo atraente, o que não ocorria antes de iniciaram o uso.



  Enumerar alguns aliados para derrubar o vício
Anabolizantes
·         Para Marcelo Regazzini, cardiologista da Associação Médica Brasileira (AMB), o Brasil deveria desenvolver políticas públicas para afastar os jovens desses medicamentos que devem ser usados para fim terapêuticos por pacientes de câncer e portadores de HIV, por exemplo. Além de campanhas informativas nas escolas e academias, ele acredita que atletas que competem em qualquer modalidade esportiva deveriam passar por exame antidoping, não apenas o competidor das atividades olímpicas (como ocorre atualmente). O médico cita os Estados Unidos como exemplo de um país que conseguiu diminuir o consumo de anabolizantes entre os jovens:
·         Nos Estados Unidos, 40% dos jovens em idade escolar consumiam anabolizantes. Com a aplicação de testes antidoping nas atividades físicas realizadas nas escolas e fiscalização, caiu muito o consumo. Regazzini destaca que a falta de fiscalização adequada facilita o acesso a esses produtos no Brasil.

Anorexígenos

·         O Brasil é um dos maiores consumidores dos anorexígenos do mundo. Em 1991 52% das importações mundiais de dietilpropiona foram feitas pelo Brasil, em 1992 foi responsável por 60% das importações mundiais de fenproporex. Esses indicativos mostram que certamente há abusos por parte da população brasileira quanto ao anorexígenos. Outro indicativo é o número de estabelecimentos autorizados a trabalharem com essa medicação que num período de sete anos (87-93) aumentou quase oito vezes. Mesmo sendo uma medicação de uso autorizado sabe-se que a prescrição ilegal é comum e lucrativa. Muitas farmácias vendem a substância sem receita apropriada (amarela) por 10 vezes o preço de mercado. Assim sendo, temos muitos indícios de que a população brasileira está sendo medicada indevidamente e até lesivamente.
   A reversão desse quadro é difícil, os usuários dos anorexígenos são frequentemente resistentes a interrupção de seu uso antes de atingir o peso desejado.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos




   Restringe a venda de esteroides ou peptídeos   anabolizantes e dá outras   providências.José Serra José Gregori
   Os nomes genéricos são: Anfepramona (dietilpropiona), fenproporex, fenfluramina, mazindol, fenilpropanolamina.
       Muitas pessoas até teriam boa vontade de submeterem-se a um processo psicoterápico para descobrir a origem do fracasso no controle de seu peso, mas estão mal informadas. Como não são os profissionais da saúde que prescrevem os anorexígenos rotineiramente, estamos diante de um hiato no procedimento do tratamento da obesidade. Os médicos que prescrevem as medicações para emagrecer geralmente ignoram os problemas psíquicos que geram a obesidade. A solução desse problema é conhecida e muitas instituições e profissionais já lançam uso da abordagem multidisciplinar no acompanhamento do obeso. 


Legislação para essas drogas. Existe? Como é?

         Sim. Segue uma cópia da lei sobre anabolizantes e peptídeos (retirada de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9965.htm). Podemos observar que ela especifica como deve ser feita a venda dos peptídeos e anabolizantes, gerando pena àqueles que não a fizer de maneira correta:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o A dispensação ou a venda de medicamentos do grupo terapêutico dos esteróides ou peptídeos anabolizantes para uso humano estarão restritas à apresentação e retenção, pela farmácia ou drogaria, da cópia carbonada de receita emitida por médico ou dentista devidamente registrados nos respectivos conselhos profissionais.
Parágrafo único. A receita de que trata este artigo deverá conter a identificação do profissional, o número de registro no respectivo conselho profissional (CRM ou CRO), o número do Cadastro da Pessoa Física (CPF), o endereço e telefone profissionais, além do nome, do endereço do paciente e do número do Código Internacional de Doenças (CID), devendo a mesma ficar retida no estabelecimento farmacêutico por cinco anos.
Art. 2o A inobservância do disposto nesta Lei configurará infração sanitária, estando o infrator sujeito ao processo e penalidades previstos na Lei no 6.437, de 20 de agosto de 1977,  sem prejuízo das demais sanções civis ou penais.
Art. 3o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão celebrar convênios para a fiscalização e o controle da observância desta Lei.
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 27 de abril de 2000; 179o da Independência e 112o da República.
         FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
  

Alternativa para resolver o problema





         Nós acreditamos que, na verdade, é um problema muitíssimo difícil de resolver (sendo que sua solução total é praticamente impossível). Não adianta haver a criação de leis se a população continua agindo da mesma maneira e colocando sua vida em risco por causa da aparência. Primeiramente, deveria haver a conscientização das pessoas, pois nós julgamos que a informação que é disponibilizada entra em conflito com a nossa cultura, que gira em torno da beleza e aparência física. As pessoas deveriam parar de se importar com o que é divulgado pela mídia: cada um tem o corpo que mais se adéqua com o seu estilo de vida, sendo que mudar a aparência deve ser uma questão de saúde (como sobrepeso, por exemplo, que gera problemas relacionados à circulação sanguínea, como problemas de auto-estima). Em outros casos a parte, concordamos também que a aparência física também pode acabar maltratando a confiança da pessoa, porém isto só acontece porque nossa sociedade foi acostumada desde sempre a julgar os outros, a dizer o que seria certo ou errado. Enquanto o povo não mudar sua visão de ver o mundo, não há meios de não haverem problemas com o uso destas drogas.               
                                                         
    Concluímos então que as informações sobre estas substâncias devem continuar sendo compartilhadas com todos, sobretudo as contrariedades do seu uso sem consciência, porém a população deve mudar de pensamento e perceber que a saúde deve vir sempre em primeiro lugar. O uso de anabolizantes e anorexígenos não deve ser administrado por conta própria nunca, deve haver o acompanhamento médico rígido. Os locais de compra destas substâncias, após serem receitadas, devem ser de confiança e seguirem as normas jurídicas para a sua venda.   
                                                                                                    
       Vale lembrar que tudo o que é em excesso acaba se tornando prejudicial!